Sunday, September 03, 2006

 

A lição das toalhas


Eu concluí recentemente que precisava de um conjunto de toalhas de casa-de-banho e dei início ao jogo da procura. Como as anteriores tinham sido compradas no Continente lá fui eu, convencida de que ía encontrar exactamente o tom de que precisava (sim, é verdade, não prescindo de ter os tons a combinar!). Na primeira loja por onde passei não encontrei nada, na segunda nada encontrei, e por aí adiante, o mesmo resultado. Nem Continente, nem Modelo, nem Jumbo, nem Benetton (tem tudo a ver na sequência, não é? Mas também não tinha!), nem IKEA… Nada. Bolas, o que é isto? Esgotaram as minhas cores do kit das tintas?

E então, quando chegou o momento certo, eu fui levada ao sítio certo onde estavam as minhas toalhas à minha espera. No Armazém Americano (isto hoje parece o intervalo da publicidade, juro que não me pagam nada!).

E a lição está nisto: Eu tinha de procurar, tinha de fazer a minha parte e o meu esforço (porque aceitar e deixar fluir a vida não implica encostar-se à sombra da bananeira), mas, e embora isso me tivesse parecido na altura uma chatice, ainda bem que não encontrei as ditas toalhas nas lojas anteriores, porque aquelas, as minhas, as que estavam à minha espera, eram muito mais macias, mais absorventes e mais bonitas (e não, não custaram uma fortuna, o preço era o mesmo!).

Eu tenho tido experiências destas ao longo de toda a minha vida, em relação a tudo, sempre que algo me parece negativo (por ter ou por não ter acontecido) acabo sempre por dar graças a Deus porque deu origem a algo muito melhor.


(Imagem: Anne Geddes, Towels)

Comments:
Nem sempre essa percepção é tão imediata. E, em situações mais importantes do que a busca pelo tom certo da toalha, nem sempre o que vem é melhor (pelo menso, lá está, no curto ou médio prazo).
 
É verdade que nem sempre a percepção é imediata, às vezes só muito mais tarde nos apercebemos de como era uma bênção o que antes nos parecia uma desgraça...
A história das toalhas é apenas uma metáfora para mostrar o que tem sido a minha experiência, em muitas situações, e parece-me que o que veio foi sempre melhor, a curto, médio ou longo prazo.
:)
 
Dizes que "...parece-me que o que veio foi sempre melhor..."

que optimismo?
O problema é que por vezes vem passado demasiado tempo. Bj
 
É optimismo sim, sem dúvida, é a minha natureza. Mas é também a minha experiência. E embora nos possa parecer que as coisas "vêm passado demasiado tempo", e nos custe às vezes esperar, se pensarmos e analisarmos bem verificamos que foi sempre melhor que tivesse vindo quando veio e não quando nós queríamos, porque entretanto tínhamos lições importantes a aprender que nos fizeram crescer e nos deixaram muito mais preparados para ter e saber aproveitar o que queríamos.
Jocas
 
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