Friday, January 26, 2007

 

... mas tu não


Neste mundo conturbado, onde os nobres ideais parecem ter sido substituídos pelos de poder, riqueza e outros afins, quase se torna obrigatório pedir desculpa por se ser correcto, é quase uma humilhação pública defender as causas justas e lutar por valores que não têm como objectivo a criação de contas bancárias ou os ganhos imediatos, que satisfazem o ego mas não a alma.

Nesta conjuntura pouco favorável, não é fácil ser verdadeiro, não é fácil ser ovelha negra e remar contra a maré, contra a pressão da multidão. Não é fácil, mas é possível. Felizmente, nem todas as consciências se deixaram adormecer. Felizmente ainda há quem, muitas vezes discretamente, se recuse a baixar as armas e a desistir da luta. É desses que depende o verdadeiro progresso e a melhoria do mundo. Em sua homenagem, e para que sirvam de inspiração aos restantes, para que o mais brevemente possível todo o rebanho seja constituído por ovelhas negras, orgulhosamente assumidas como tal, aqui fica este poema fantástico:

Porque

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

Sophia de Mello Breyner Andresen

(Imagem: Photographic print, Different is Good)

Tuesday, January 23, 2007

 

Em louvor da ovelha negra














CÂNTICO NEGRO

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
…………………………………………………………………..

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
………………………………………………………………………...

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

JOSÉ RÉGIO


Um poema de que gosto muito, com uma ressalva muito importante: posso até ir por aí, não é só porque mo indicam que o vou rejeitar, posso até concluir que é esse o meu caminho e nesse caso segui-lo-ei, mas só se for cumprida esta fundamental condição: que eu o considere como o meu caminho, independentemente de também mo terem apontado ou não.

Então, na minha perspectiva, precisava de mudar a última parte do poema (que desenvolve uma teoria excelente de individuação e autoconsciência mas depois recusa liminarmente um caminho só porque lhe foi dito para o seguir).

Não é positivo seguir indiscriminadamente tudo o que os outros indicam mas também não é boa política rejeitar só por rejeitar, por mera questão de afirmação, cega, sem reflectir se esse poderia até ser um bom caminho.

Portanto, em vez de:
“Sei que não vou por aí!”

Deveria ser qualquer coisa como:
Sei que ninguém me obriga a ir por aí
ou
Sei que talvez até possa ir por aí

Mas se, e só se, eu assim o entender!

(Imagens: Fotografia Olga Correia)

Friday, January 19, 2007

 

Desafio


(Especialmente dedicado à Maria A. que se encontra em fase de enfrentar alguns obstáculos…)

É natural que quando pensamos na forma como gostaríamos que a nossa vida decorresse não nos ocorra incluir qualquer dose de problemas, desafios, dificuldades ou sofrimentos. É muito mais agradável pensarmos só nos aspectos positivos, achamos que seríamos assim muito mais felizes… E talvez até fossemos, momentaneamente. A verdade é que não é por acaso que temos a noite e o dia, o sol e a lua, o amor e a dor… O mundo é feito de polaridades, a realidade completa é feita de opostos, e seria pouco provável que uma vida baseada apenas numa das suas vertentes pudesse ser completa, equilibrada e plena. Para podermos crescer, e até para sermos verdadeiramente felizes, precisamos da luz e da sombra, da alegria e da tristeza, dos dias de sol e dos dias de tempestade.

Transcrevo um texto de Osho, do Tarot da Transformação, carta 48, com o título “Desafio”, que me parece particularmente ilustrativo desta realidade:

A parábola do fazendeiro e do trigo

Miséria significa que as coisas não estão de acordo com seus desejos. E as coisas nunca estão de acordo com seus desejos, não podem estar. As coisas apenas vão seguindo sua natureza. Lao Tsu chama essa natureza de Tao. O Buda chama essa natureza de Dhamma. Mahavir definiu a religião como "a natureza das coisas". Nada pode ser perfeito. O fogo é quente e a água é fresca. Um homem sábio é aquele que relaxa em ação em relação à natureza das coisas, aquele que segue a natureza das coisas. E quando você segue a natureza das coisas, não há sombras a seu redor. Não há infelicidade. Mesmo a tristeza é luminosa nesse caso, mesmo a tristeza é bela. Não digo que não haverá tristeza: ela virá, mas não será sua inimiga. Você será capaz de ver sua graça e será capaz de ver por que está lá e por que é necessária.

Me contaram uma antiga parábola - deve ser bem antiga, porque Deus vivia na terra nessa época. Um dia um homem foi até ele, um velho fazendeiro, e disse: "Olhe, você pode ser Deus e pode ter criado o mundo, mas devo lhe dizer uma coisa: você não é um fazendeiro. Você nem sabe o básico sobre fazendas. Deus disse: "Qual o seu conselho?" O fazendeiro respondeu: Me dê um ano, me deixe fazer as coisas do meu jeito e você verá o que vai acontecer. Não haverá mais pobreza!"

Deus estava disposto a tentar e deu um ano para o fazendeiro. Naturalmente, este pediu apenas o melhor, só pensou no melhor: sem trovões, sem fortes ventanias, sem perigos para as plantações. Tudo era muito confortável, acolhedor, e ele estava muito feliz. O trigo estava crescendo muito! Quando ele queria sol, havia sol. Quando ele queria chuva, havia chuva, e tanta chuva quanto ele achasse necessário. Nesse ano tudo esteve correto, matematicamente correto.

Mas, quando foi feita a colheita, não havia grãos de trigo dentro. O fazendeiro ficou surpreso e perguntou a Deus o que havia acontecido, o que havia saído errado.

Deus disse: "Como não houve dificuldades nem conflitos, nenhum atrito, como você evitou tudo aquilo que podia ser ruim, o trigo se tornou impotente. É necessário que haja alguma dificuldade. As tempestades, os trovões, os raios, todos eles são necessários. Eles fazem com que a alma do trigo se mobilize."Se você está apenas feliz, feliz e feliz, a felicidade irá perder todo o seu sentido. Será como alguém que escreve com giz branco sobre uma parede branca. Ninguém será capaz de ler o que foi escrito. É preciso escrever em um quadro-negro para que as coisas se tornem claras. A noite é tão necessária quanto o dia. E os dias de tristeza são tão essenciais quanto os de alegria. Chamo isso de compreensão. Uma vez que você tenha entendido isso, pode relaxar: nesse relaxamento estará a entrega. Você dirá: "Seja feita a vossa vontade." Você dirá: "Faça o que achar mais correto. Se hoje forem necessárias nuvens, que venham nuvens. Não me ouça, minha compreensão é limitada. O que sei sobre a vida e seus segredos? Não me ouça! Continue agindo de acordo com a sua vontade.

"Então, lentamente, quanto mais você perceber o ritmo da vida, o ritmo da dualidade, o ritmo da polaridade, mais irá parar de pedir, de escolher.Esse é o segredo. Viva com este segredo e veja a beleza. Viva com este segredo e subitamente você será surpreendido: como é grande a bênção da vida! Quanto é despejado sobre você a cada momento!

Saturday, January 13, 2007

 

Fazer o Céu na Terra






A propósito de um post do António Rosa, de um comentário que a Maria A. lhe fez e de uma conversa com o Lumen.

Contexto:

António Rosa cita André Louro de Almeida e remete para a leitura dos textos deste autor, sugerindo leituras em grupo.
E antes de prosseguir transcrevo a frase que mais me tocou:

“O que é que eu vim fazer à Terra?” – Vieste fazer o céu! O resto são detalhes! (A.L.A.)

A Maria A. comenta:
“… numa pequena vila de província, simplesmente não há grupo, nem de dois. O que há à nossa volta são pessoas tradicionalistas a quem isto não diz nada, com quem não se pode falar sobre estes assuntos.
(…)
É também por isso que há dias (num outro comentário), pedi um esforço (de todos os que escrevem sobre estes temas) no sentido de uma linguagem mais acessível, para neófitos, explicando estas coisas de modo mais concreto.
(…)
Mas como fazer essa abordagem quando por um lado os possíveis interlocutores estão pouco receptivos e por outro lado nós próprios não sabemos descodificar e apresentar de modo credível toda esta informação?

Porquê este abismo entre uns e outros? Por que é que, para estes assuntos, só há universidades e jardins de infância, sem os outros graus intermédios e indispensáveis?

Eu já fui professora e tinha que fazer um esforço para descer ao nível dos meus alunos, tornando-lhes compreensível o que para mim era evidente.
(…)”


A minha visão:

Fazer o Céu na Terra, na minha perspectiva, passa por algumas fases fundamentais:

a) Receber informação
(que pode ser adquirida das mais variadas formas, através de pessoas, de livros, de intuições, etc.);

b) Sentir a verdade da informação
(ver se no mais fundo, ou no mais alto, de nós mesmos sentimos que isso é verdade, e se assim for, integrá-la no nosso sistema de valores e de crenças);

c) Viver a teoria
(aplicá-la na nossa vida, no nosso dia-a-dia);

d) Transmiti-la aos outros
(pelo exemplo e / ou pela palavra).

Embora todas as fases sejam fundamentais, creio que fazer o céu na terra só se concretiza verdadeiramente a partir da fase c), na fase da aplicação prática, as fases a) e b) são apenas de preparação, de procura do caminho, da decisão de o percorrer. Porque a proposta é fazer o céu na terra, não apenas saber que existe ou teorizar sobre isso. E, a partir daí, a partir da vivência dessa realidade, dessa ligação com o céu, a partir dessa experiência interna e individual, há a responsabilidade de o transmitir aos outros.

E neste ponto já pensei como a Maria, que existe um grande fosso entre os que muito teorizam sobre as questões e os que ainda não despertaram ou que querendo despertar não encontram pontes entre o discurso e a sua vida diária, as formas como na prática, na sua vida quotidiana, podem viver os princípios divinos. Em conversa com o Lumen cheguei a manifestar a opinião de que era preciso colmatar essa lacuna, e nessa altura inclinava-me para acreditar que eram os teorizadores que deveriam adaptar um pouco a sua teoria à prática para ajudar quem ainda não iniciou o caminho a perceber como se pode fazer. Algo semelhante ao que a Maria também pede.

Mas neste momento penso de maneira um pouco diferente. Ainda acredito que há realmente um grande hiato entre a teoria, muitas vezes difícil de entender pela maioria, e a demonstração da aplicação prática no quotidiano das pessoas. Só que agora já não penso que os que desenvolvem as teorias tenham propriamente a responsabilidade de fazer essa ponte. Acredito agora que cada um tem a sua função, uns de apresentar as teorias, e outros de as absorver, interpretar e adaptar a uma linguagem que as pessoas que estão noutra onda possam entender com facilidade. Portanto, acredito que existem os que apresentam as teorias e os mediadores, os fazedores de pontes, que depois mostram como elas se aplicam.

E se queremos ser entendidos, se queremos, ou sentimos que devemos, servir de ponte, se queremos que as pessoas mais ligadas à materialidade entendam a perspectiva mais espiritual de abordar a vida, temos de fazer as ligações com aquilo que elas conhecem melhor, com aquilo com que mais contactam no dia-a-dia. Então parece-me que o caminho mais eficaz é o de apresentar descrições de situações do quotidiano, experiências, vivências, reflexões sobre o que acontece e se observa no dia-a-dia, connosco ou com os outros, e que podem servir como exemplo de como se pode aplicar na vida aquilo em que se acredita. As parábolas são outra hipótese, e costumam ser muito eficazes.

Porque é normal que se ouça:
“Isso parece interessante mas não tem nada a ver com a minha vida, eu tenho de trabalhar, de cuidar da família, de resolver questões básicas…” ou então “Isso é tudo muito bonito, mas como é que se aplica???”
Penso que o grande desafio está em tentar ajudar a perceber que a vida espiritual não está para além da vida quotidiana mas na vida quotidiana.

E ainda voltando ao comentário da Maria, só mais três coisas:
“Mas como fazer essa abordagem quando por um lado os possíveis interlocutores estão pouco receptivos e por outro lado nós próprios não sabemos descodificar e apresentar de modo credível toda esta informação?”

a) Não podemos interferir sobre a receptividade dos interlocutores, só estar disponíveis para quando, cada um deles no seu devido tempo, se sentir preparado e o Universo os trouxer até nós, para então, da melhor forma que conseguirmos e da forma como formos guiados, chegar até eles;

b) Se nós próprios não sabemos descodificar a informação não a podemos apresentar a ninguém. Não podemos querer ensinar aquilo que ainda não sabemos. Temos de nos dar tempo para amadurecer a questão, sentir aquilo como verdadeiramente nosso, integrá-lo no nosso sistema, vivê-lo, e nessa altura vamos saber como transmiti-lo, porque nos vai sair do sítio certo, do coração e da alma;

c) “Apresentar de modo credível” não precisa de ser uma preocupação, primeiro porque estas questões não são para se perceber com a mente racional, por aí dificilmente lá chegamos; depois porque se nós acreditamos verdadeiramente no que dizemos, se o pomos em prática na nossa vida, se está entranhado no nosso ser, a credibilidade sai-nos de todos os poros, e o exemplo torna-se a melhor e mais eficaz forma de transmitir aquilo em que acreditamos.


"A tua missão é ajudares-me. Como? Reconhecendo que terás de voltar a mim, e trabalhando para que outros façam o mesmo reconhecimento." Sananda (citado por António Rosa)

Enfim. Cada um tem a sua função, cada um desempenha o seu papel para a evolução deste mundo. E se estamos todos a remar no mesmo sentido, embora cada qual com o seu remo, então estamos todos no bom caminho.


(Imagem 1: M. Raenicke, Representation of Heaven and Earth According to the Babylonians, after a sketch by Jensen P.
Imagem 2: Hermann Hendrich, The Rainbow Bridge Connecting Heaven and Earth)


Thursday, January 11, 2007

 

Fui apanhada!



“Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do “recrutamento”. Ademais, cada participante deve reproduzir este “regulamento” no seu blogue.”A ideia é identificar 5 (cinco) manias, ao jeito de uma auto-análise bem disposta. E quem me deu esta difícil tarefa foi” a Chama Violeta.

Então cá vai. Cinco das minhas manias:

1. Mania de fazer velas e sabonetes
(Excelente para descontrair!)

2. Mania de fazer caminhadas
(Este ano quero fazer o Caminho de Santiago!)

3. Mania de analisar todos os sonhos que tenho
(Não escapa um, tudo é simbólico!)

4. Mania de querer ajudar os outros
mesmo quando eles não querem ser ajudados
(Não há meio de aprender esta lição!)

5. Mania de querer mudar o mundo
(É uma canseira!)

Estas manias não me diferenciam propriamente do comum dos mortais,
mas fazem parte de quem eu sou.

Lanço o desafio a: Fátima Vinagre, Lumen Origine, Estranha Pessoa Esta,
Mamaíta, Ilhota2.
:)

Sunday, January 07, 2007

 

O fantasma do egoísmo


Em conversa com uma jovem, um destes dias, apercebi-me como o fantasma do egoísmo atemoriza os que sentem que estão por cá para fazer o bem.

Estava perdida de si, esta menina, distribuída em pedacinhos pelos problemas dos que a rodeiam, pais, avós e amigos. Fragilizada. Perdida do seu centro.

Foi fácil ajudá-la a perceber que se ela não estiver bem, centrada, equilibrada, forte, não consegue ajudar ninguém, por mais boa vontade que tenha, por mais solidária que seja, por mais que ame as pessoas em causa.

Há pessoas que acreditam que ser generoso e ajudar os outros implica esquecer-se de si próprio. Por medo de serem egoístas saltam a etapa do cuidar de si e dedicam-se a cuidar dos outros.

Não é esse o caminho. Se não se dedicarem regularmente ao reforço da sua energia, do seu equilíbrio, não estarão em condições de ajudar quem quer que seja.

Jesus disse “Ama o próximo como a ti mesmo”, não disse “Ama o próximo em vez de a ti mesmo”.

A quem acha que cuidar de si próprio e amar a si próprio é egoísmo eu respondo que é precisamente o contrário, a base do altruísmo é eu cuidar do meu reservatório de energia, de serenidade, de equilíbrio, de força, para a poder dar aos outros. Se não tiver lá nada, nada posso dar, por mais que queira.

Então vejo as coisas desta maneira:

Egoísmo:

1º Cuidar de mim
2º Cuidar de mim
3º Cuidar de mim

Altruísmo:

1º Cuidar de mim
2º Cuidar dos outros
3º Cuidar do mundo

O egoísta centra-se exclusivamente em si próprio, nada mais lhe interessa para além do seu umbigo. O altruísta trata de si próprio para estar em condições de cuidar do que o rodeia.

Que este fantasma seja reformado compulsivamente e deixe de atormentar e tentar enganar as pessoas de bem.


(Imagem: Poster Caring)

Tuesday, January 02, 2007

 

Boas-vindas...








…a 2007!

À libertação de obstáculos,
à superação de limitações,
ao recomeçar com energia e entusiasmo,
ao crescimento, evolução e maturidade
e à boa vontade.
Ao Amor, à Felicidade e à Luz
e a tudo o que nos conduz
à nossa máxima realização.

Este é o ano do crescimento, do avanço, das grandes realizações.
Astrologicamente é um ano regido por Júpiter (expansão e abundância),
em termos numerológicos é um ano de energia 9 (conclusões e recomeços, início de novos ciclos) e na perspectiva do tarot é o ano do Carro (abertura do caminho para o sucesso).

Assim sendo, só mesmo se se fizer muito esforço no sentido contrário é que se poderá fugir aos efeitos benéficos desta conjunção.

Como mensagem para o novo ano, um poema de que gosto especialmente (nunca é de mais repeti-lo).

Recomeça...
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar
E vendo,
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.

Miguel Torga

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